sábado, 12 de janeiro de 2013

Linhas para imóveis devem manter alta de 20% em 2013




(DCI - São Paulo/SP - FINANÇAS - 10/01/2013 - Pág B1) 

A expectativa de expansão do crédito imobiliário para pessoas físicas em 2013 permanece no mesmo patamar de 2012, em torno de 20%, segundo executivos do mercado. A justificativa está na estabilização do mercado de crédito, mas também na perspectiva positiva de entrega de empreendimentos em atraso e lançamentos, o que não ocorreu em 2012 por conta dos problemas verificados nas construtoras. Outro ponto que reforça a projeção positiva é a queda das taxas de juros em 2012, que reduzem o custo do financiamento e tendem a atrair maior demanda em 2013.

De acordo com dados do Banco Central, até novembro de 2012, o financiamento habitacional de pessoa física atingiu saldo de R$ 269,583 bilhões, alta de 38,1% na comparação com novembro de 2011, quando a soma estava em R$ 195 ,263 bilhões.
Na divisão por instituições financeiras, os bancos públicos permanecem com o maior avanço, de 41,57%, ao somar R$ 208,48 bilhões de saldo das operações de crédito. Em seguida aparecem as instituições privadas nacionais, com expansão de 30,85% em novembro, contra o mesmo mês de 2011, para R$ 38,303 bilhões. Já os bancos privados estrangeiros apresentaram crescimento de 21,74% no mesmo período, para estoque de R$ 22,796 bilhões em pessoa física.

Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que somam os créditos para pessoas físicas e jurídicas, apresentou, revelam que de janeiro a novembro, os financiamentos somaram R$ 73,9 bilhões, alta de 3%.
Entre os privados estrangeiros, o Santander revelou que o crédito habitacional faz parte das estratégias para 2013, no qual a pretensão em pessoa física segue em linha com o mercado, em 20%. "Em 2013, o mercado terá comportamento parecido com 2012", afirmou José Roberto Machado, diretor de Negócios Imobiliários.

Segundo Machado, neste ano as incorporadoras e construtoras terão resolvido parte dos problemas de 2012. Com os atrasos o impacto ocorre na linha de financiamento do saldo restante, quando os empreendimentos são entregues. "O que deveria ter entrado em 2012 ficou para 2013. Atrapalhou o volume de contratações", disse o diretor.
No Santander, entre 30% a 35% dos financiamentos é realizado com clientes de empreendimentos financiados pelo banco. Cerca de 45% fina na base de clientes e 20% no externo, com parcerias com corretoras e imobiliárias.
O saldo de crédito habitacional da instituição espanhola, até o fim do terceiro trimestre de 2012, chegou a R$ 10,919 bilhões, alta de 22,9% contra 2011.

O mesmo impacto é observado pelo superintendente de Crédito Imobiliário do HSBC, Jaime Chiganças. "Lançamentos de 2009 e 2010 eram para ser entregues em 2012, mas quase todas as obras estão atrasadas em cerca de seis meses. Isso afetou bastante o mercado de imóveis novos e usados". Segundo Chiganças, os lançamentos também estão em retração, sendo apenas 50% programados para 2013. "Estão arrumando a casa para 2014."
O canal de vendas é dividido em 50% na carteira de clientes, 30% em corretoras e imobiliárias e 20% no financiamento de compradores de obras financiadas pelo banco. "Em 2013 pretendemos crescer igual ao mercado: 20%", disse Chiganças.

Bruno Gama, diretor-geral da CrediPronto, financeira do grupo Lopes e do Itaú, ressaltou a importância da queda dos juros. "Efeito grande com reflexos para 2013 e ajuda a aumentar o volume de transações. Leva clientes para o mercado", disse Gama.
A Caixa Econômica Federal, até novembro de 2012, alcançou R$ 101 bilhões em contratações. A expectativa do banco para 2013 é que o crédito imobiliário atinja R$ 120 bilhões. 
O Banco do Brasil, por sua vez, concentrou R$ 11,35 bilhões de liberação de empréstimos em todo o ano de 2012. No entanto, a expansão chegou a 75% frente ao contratado em 2011.

Fonte: ABECIP

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